A tensão entre big techs e Trump atingiu um novo patamar com os recentes movimentos do ex-presidente americano, que volta ao centro das articulações políticas com propostas agressivas de retaliação a países que ousam taxar gigantes digitais. O cenário se intensifica à medida que big techs e Trump se colocam em rota de colisão, com lideranças do setor temendo uma resposta coordenada dos Estados Unidos que possa travar os avanços de iniciativas internacionais voltadas à tributação de lucros gerados em diferentes territórios. A resistência de big techs e Trump à harmonização fiscal global se revela mais uma vez como obstáculo à justiça tributária.
O impasse entre big techs e Trump ganha corpo após declarações de bastidores indicando que o ex-presidente, em sua nova campanha, prepara uma ofensiva contra acordos multilaterais que preveem taxações das empresas de tecnologia nos países onde atuam, mesmo que não tenham sede ali. Esse movimento coloca big techs e Trump como protagonistas de uma nova rodada de pressões diplomáticas, especialmente contra países europeus e latino-americanos que tentam implementar políticas tributárias mais equitativas diante do gigantismo digital.
A proposta da OCDE de implementar uma taxação mínima global foi recebida com cautela por executivos do Vale do Silício, que enxergam no retorno de Trump ao jogo político um possível escudo contra essas medidas. A aliança entre big techs e Trump se fortalece diante do temor comum à ampliação da base tributária internacional. Representantes das empresas de tecnologia apostam que um novo governo Trump barraria os avanços nos fóruns multilaterais e reforçaria o discurso de soberania fiscal dos Estados Unidos, em detrimento de acordos coletivos.
Enquanto big techs e Trump tentam consolidar essa frente de resistência, países europeus seguem acelerando propostas para tributar receitas de plataformas digitais em seus territórios. França, Alemanha e Itália já demonstraram intenção de não esperar pela OCDE e buscar soluções locais. Esse movimento intensifica o embate, com big techs e Trump prometendo sanções comerciais como resposta, em um cenário que lembra a postura beligerante da era Trump na presidência. O confronto ganha tons de guerra comercial e pode impactar diretamente o mercado digital global.
A retórica protecionista de Trump volta a ser instrumento útil para os interesses das big techs, que veem no ex-presidente um aliado estratégico contra a fragmentação da arrecadação. O medo de perder margens de lucro em diferentes regiões do planeta aproxima ainda mais big techs e Trump. Essa sintonia ideológica se traduz em apoio político, lobby conjunto e ações nos bastidores para minar iniciativas internacionais. Para especialistas, a aliança entre big techs e Trump representa uma ameaça direta à tentativa de reequilibrar o sistema tributário global.
No Brasil, a discussão sobre taxação das gigantes digitais também ganha força, com o governo sinalizando apoio à proposta da OCDE. No entanto, a movimentação de big techs e Trump coloca pressão sobre países em desenvolvimento, que dependem de acordos comerciais com os Estados Unidos e temem retaliações. Essa relação de força deixa claro que a disputa entre big techs e Trump de um lado, e os esforços por justiça fiscal do outro, ultrapassa fronteiras e se inscreve no tabuleiro da geopolítica econômica.
Economistas alertam que, se big techs e Trump conseguirem barrar o avanço das medidas multilaterais, a desigualdade tributária global tende a se acentuar. Empresas digitais continuarão concentrando lucros em paraísos fiscais, enquanto países com grandes populações consumidoras ficarão à margem da arrecadação. Nesse cenário, a hegemonia digital se converte em poder econômico e político, e a aliança entre big techs e Trump pode ser a cartada final contra qualquer tentativa de equilíbrio nesse jogo desigual.
O embate entre big techs e Trump é, portanto, mais do que uma disputa sobre impostos. É a expressão de um conflito maior entre um modelo de globalização centrado em interesses corporativos e a busca por um sistema mais justo. O desfecho dessa guerra fiscal vai moldar os rumos da economia digital nas próximas décadas e determinar se o poder das plataformas continuará acima dos Estados ou se o mundo encontrará mecanismos para colocar freios ao avanço desenfreado das gigantes da tecnologia.
Autor: Simon Smirnov