O cenário político brasileiro para as eleições presidenciais de 2026 começa a se delinear, e um nome vem ganhando destaque nas articulações da direita: Rogério Marinho. O senador pelo Rio Grande do Norte, filiado ao PL, tem sido apontado como uma alternativa consistente para ocupar o espaço deixado por Jair Bolsonaro, que se mantém inelegível até 2030. Em meio a disputas internas, resistências a outros nomes e estratégias de fortalecimento partidário, o nome de Rogério Marinho para a corrida presidencial começa a atrair apoio entre os aliados mais próximos do ex-presidente.
A ascensão de Rogério Marinho como opção da direita para 2026 não acontece por acaso. Ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro e atualmente senador, Marinho mantém uma postura política alinhada com os valores e bandeiras defendidas pela base conservadora. Essa identidade reforça a percepção de que Rogério Marinho seria capaz de herdar parte do capital político bolsonarista, principalmente entre eleitores que rejeitam uma guinada moderada representada por outras possíveis candidaturas como a de Tarcísio de Freitas.
Apesar do favoritismo inicial de Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, o nome de Rogério Marinho começa a crescer nos bastidores. Muitos aliados de Bolsonaro acreditam que Tarcísio mantém uma postura autônoma demais e que, por isso, não representa integralmente o projeto político do ex-presidente. Já Rogério Marinho é visto como alguém mais suscetível a manter uma linha direta de diálogo e fidelidade ideológica com Bolsonaro, o que fortalece sua candidatura como um nome legítimo para dar continuidade ao legado conservador.
Outro fator que contribui para o fortalecimento de Rogério Marinho é o fato de ele estar no meio do mandato como senador. Isso significa que, mesmo concorrendo à presidência e sendo derrotado, Marinho manteria sua posição no Senado, o que reduz os riscos eleitorais para ele e para o partido. Essa condição estratégica coloca Rogério Marinho em uma posição vantajosa dentro do tabuleiro político da direita, o que atrai lideranças interessadas em uma candidatura forte, porém de baixo custo político.
Rogério Marinho também representa uma alternativa para setores da direita que têm resistência ao nome de Michelle Bolsonaro. Embora a ex-primeira-dama seja bastante popular entre o público mais conservador, sua candidatura é vista como arriscada por alguns estrategistas políticos devido à sua falta de experiência administrativa e à dificuldade de articulação com o Congresso. Neste cenário, Rogério Marinho aparece como uma figura mais preparada tecnicamente e mais apta a liderar um governo com estabilidade institucional.
Os bastidores políticos indicam que Rogério Marinho vem se articulando com diversas lideranças regionais e ampliando seu espaço dentro do PL e de partidos aliados. A aposta na imagem de gestor experiente e político leal a Bolsonaro está sendo construída com cautela, enquanto se aguarda o momento certo para oficializar seu nome. O objetivo é consolidar Rogério Marinho como o principal candidato da direita até o fim de 2025, evitando fragmentações internas e garantindo uma base coesa para o pleito.
A consolidação de Rogério Marinho como nome forte da direita para 2026 também coloca pressão sobre o governo atual e os demais partidos de centro e esquerda. Com uma base eleitoral já consolidada, o ex-ministro pode polarizar diretamente com Lula ou com um eventual sucessor apoiado pelo presidente. O discurso de retomada dos valores conservadores e da ordem econômica liberal deve ser o eixo principal da campanha, caso Rogério Marinho seja oficializado como candidato.
Diante de um cenário ainda indefinido, o nome de Rogério Marinho continua ganhando relevância a cada movimentação política dentro da direita brasileira. Com habilidade, posicionamento ideológico firme e apoio crescente nos bastidores, Rogério Marinho se projeta como o mais viável entre os nomes bolsonaristas para disputar a presidência da República. Sua ascensão representa não apenas uma escolha estratégica do grupo conservador, mas também um novo capítulo na tentativa de manter vivo o projeto político construído em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Autor: Xerith Estrope